21 de out. de 2007

Carta aberta a você

-por Lívia Francez
Tenho te esperado há muito tempo. Que maneira estranha de dizer isso. Nem te conheço ainda, mas é a verdade. Espero te encontrar no caminho, match me, preencher tudo aquilo que julgava ser “impreenchível”. Mas sei que não é. Tenho esperado te visualizar dentre tantos potenciais pares perfeitos, entre todos aqueles que por acaso minha mente teimou em criar fantasias de casamento e filhos. Mas sei que não é assim que vou te encontrar. Vou te (re) conhecer num piscar de olhos, num charminho inocente. Talvez até numa cerveja despretensiosa. Num dia de não-maquiagem, num bad hair day, naqueles dias. E mesmo assim não iremos nos importar, there’s just us. Eu também não vou me importar com aquele pequeno detalhe que provoca uma interferência no que eu julgo bom senso. Não vou me importar com o que mais me irritaria em qualquer pessoa. Só porque é você. E não existe ninguém além de você.
Você não vai se importar pela minha demora em demonstrar o quanto eu sinto. Não vai me cobrar mais atenção, não vai ficar impaciente quando eu entrar no meu mundo. Você sabe que ele é parte de mim, e me recolho sempre que necessário. Você sabe de tudo o que minha cabeça pensa e que eventualmente minha boca não verbaliza. Sabe, e se sente bem. Só porque é você. E não existe ninguém além de você.
Você sabe que o coração de pedra pode quebrar. E se importa em conservá-lo como um bibelô para que não provoque uma ruptura trágica. Sabe que o lugar seguro é na minha cama, nossa cama. Sabe que com você a cama (nossa) fica melhor. E sempre melhor. Me reconhece em cada som, em cada gesto, na noite, no escuro, à meia luz, vê minha expressão sem precisar iluminar. O brilho está nos olhos. A centelha...você sabe onde. Só porque é você. E não existe ninguém além de você.
No fundo desse copo, no final de tarde na praia, no levantar da cama, no meu mundo, na nossa realidade. I would be beside you. E só pela certeza de que você também faz isso por mim. Nesse arroubo de sentimentalismo, em todas as palavras ditas, e naquelas que viraram uma ruga. Eu digo sem medo, dou a cara, abro o peito. Só porque é você. E não existe ninguém além de você

Um comentário:

Anônimo disse...

meninas, tô amando este blog. Só texto bacana. este eu achei ultra delicioso. valeu!