4 de out. de 2007

Para aquelas que me movimentam

-por Lívia Francez

Não vivo sem as borboletas, sem aquelas borboletas que insistem em bater as asas no meu estômago. É uma sensação viciante essa...coisa que não abandono nunca. O propósito delas nem sempre é o mesmo, mas elas existem e estão aqui. Nesse momento por alguma coisa, noutro por outra.

As borboletas são necessárias pra cabeça voar, pra criar, pra andar, são a ponta de ilusão na dura realidade, e elas estão aqui, pra me lembrar que sonhar com o pé no chão não é ruim. É ruim sonhar quando se perde a noção da realidade. As borboletas servem pra pegar no sono tranqüilamente, pra andar em nuvens de algodão, pra não esquecer que sou gente e tenho sentimentos. Elas dão força, elas impulsionam, elas anuviam a cabeça. Elas trazem pra realidade, elas me fazem ser melhor, elas...ah, colocam cor em todo esse cinza!

Toda vida fui fascinada por elas, seja na natureza, seja no meu estômago, nos desenhos, nos meus desenhos, na minha pele. Fazem parte de mim, do que eu sou, do que eu busco. A leveza, a metamorfose, a adaptação. Ser uma pessoa que sempre se reinventa, que sempre busca mais, que se deixa levar ao sabor do vento. Que é única, colorida, que renasce sempre pra algo novo e melhor. E que fascina também, por que não? Elas são criaturas que fascinam, que estão em perfeita harmonia com a natureza, carregam seu próprio magnetismo e graciosidade. Elas são presságio de coisa boa, que o inverno acabou, que o sol chegou, que já dá pra botar a cara na rua e sorrir sem medo do frio e da tempestade.

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