15 de nov. de 2007

Não à burocracia

-por Lívia Francez
Burocracia de amores não faz minha cabeça. Contratos de casos me causam náuseas. Sou muito mais o incomum, o sem papel, o errante. Sem script, sem pauta, só uma grande e deliciosa tela em branco, esperando que alguém inovador venha usar as tintas como Pollock ou Dalí, a criação de uma nova convenção, em que o óbvio é descartado, onde novos conceitos surgem, mas não precisam de cartilha, só de trilha.

A surpresa em cada gesto, o inesperado a cada dia. Sem o servidor na repartição com seu carimbo tenebroso – bum – errado! O certo é o que nós temos, não o que tememos, o certo é o nosso sentimento, não o que disseram ser correto. Sem linha reta, sem cálculos, sem matemática nem gráficos. Sem ternos escuros, salas acarpetadas ou burocratas de bigode. Sem linearidade, tudo na transitoriedade.

Vem, preenche, deixa sua marca e parte. Ou fica. Faça o que quiseres, porque aqui funciona na base da anarquia sentimental, da bipolaridade amorosa. Hoje te odeio, mas amanhã tudo passa, volto a te amar, mesmo que nunca tenha deixado de sentir esse formigamento que sobe a espinha. Arrepio de gato constante.

E assim levamos a nossa história, sem amarras. Compromisso só com o acaso. Relação com a eventualidade. Marcas das mais diversas: de histórias, de dentes, de conversas intermináveis, de canções, de amor. Flertando com a escuridão e descobrindo o arco-íris. Vivendo leve, com as cores, sem os números.

2 comentários:

Juliana Almirante disse...

gostei muito desse blog
: ]

mas vai aí uma sugestão para o texto: o excesso de pontuaçao me fez perder o fio...
deixou algo tão bom com o ar fragmentado, sabe?

te convido a ir no meu
bjo

Roberta B Fieni disse...

Admiro voce minha querida irma de escrever tao lindas palavras, quero parabeniza-las pelo site... Voce e Karol sao geniaaaaaaaas!!! rs
Saudades e Grande beijo!!!