- por Karol Felicio
Gosto de quem gosta do novo
De quem é novo e está à frente
Como eu, meus amores, meus amigos,
Ahhhhh, meus amigos tortos e meus amores mortos... que insistem em sobreviver!
Cansa-me quem se inspira e quem exala o comercial
Cabelos lisos, bundas duras e o último capítulo da novela das 8
Saaaaaaaaaaai! Eu não quero!
Quero surpresa, quero rir espontaneamente
Quero o ofegar pulsante e perder o ar diante do novo
Não quero mais o comum, o lugar comum...
Quero gargalhar e ver minhas amídalas numa bandeja
Quero uma vida visceral, exposição de órgãos e meu corpo molhado,
dilacerado a secar ao sol
Quero-me correndo nua
nos mares e bares e quaisquer todos os lugares
Quero amar, enlouquecer, me jogar e me entregar como um banquete
Para ser devorada como tal
Quero sentir tanto até que meus poros explodam de paixão
E gritem mais
E me desintegrem e mil mins
Eu quero tudo... Para que o mundo veja como é chato, e como são chatos todos os normais
18 de nov. de 2007
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Um comentário:
gosto do versilibrismo desse texto.
se os versos fossem de papel, já estariam rasgados, atravessados...
alimenta matéria transgressora, transcendente, essa poesia. pelo menos é o que sinto...
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