- por Karol Felicio
Subo ladeira com Lenine
Vento na cara
Suor gelado na nuca
Não escorre.
Passo forte, mente leve
Não paro
Acácias, bromélias
Dama-da-noite me chama, impulsiona
Pureza.
Em cada canto janelas sisudas de cortinas cerradas como dentes
Mais longe, mais acima,
Edifícios de costas nuas cheirando a Dior para camuflar o ranço
Luzes coloridas por toda parte
Loucura.
Desço ladeira com Lenine
Muito mais longe e bem mais acima
Num céu negro-azulado, satélites voyeur, estrelas fazendo amor transcendental, sigo com a lua
Sensatez.
De volta ao marco zero
Lenine emudece aos poucos
Tudo muda aqui dentro
Lá fora tudo igual.
8 de dez. de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Gostei desse muito!
Postar um comentário