- por Karol Felicio
Vida de letras incertas
Há pássaros morrendo em cativeiro
Nem sempre há portas abertas
A gente toma rasteira da rima
Há desenho que a tinta não pinta
Existência em que a caneta não pega
Páginas escritas, empoeiradas, esquecidas, engavetadas.
Tantas páginas rasgadas!
Há livros que se encerram na metade.
A gente não chora. Faz poema com a palavra que resta.