(Poesias com Gosto e Cheiro)
- por Karol Felicio
Palavras tem pele. Palavras são pele.
Palavras tem poros. Minha pele.
Pele macia. Vontade de abraçar palavras.
Pele àspera. Palavras-calafrio.
Pele quente. Palavras que pingam, escorrem
Palavras que afastam quando a pele esfria.
Minha pele por vezes se quebra, descola do corpo, craquela. Dissolve.
É quando as palavras despencam, batem com força no chão, se fundem, misturam.
E viram poemas. Poesia com gosto e cheiro.
Tenho fome de palavra. Respiro. As deixo vir, sem medo.
Cheiro, mastigo, saboreio.
Eu como palavras.
E também cuspo.
17 de mar. de 2010
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