- por Karol Felicio
Olhares de poucos segundos
Como o lateral, da garota dos drinks, olhos de pecado. Contornados de tinta negra, segundos de sedução.
Ou o casual, frontal, claro e doce. Resgate de infância, segundos maternais.
Os segundos mais cruéis no olhar do desprezo, seco, frio, duro. Olhos de dedo em riste, segundos antes da despedida.
Olhos d’água, do amor incondicional, necessitado, eterno, em desespero, à espera. Doloridos segundos em que não pude retribuir.
Olhos para o fundo do poço, para o fim que não tem, para portas fechadas e a luz queimada no fim do túnel. Olhar gelado de medo. Segundos pós-trauma.
Nos segundos em que se perde do tempo e de tudo mais que havia em volta.
A pausa do cérebro para sentir a porrada na boca do estômago, o elevador – 1000m/s- do pé ao cabelo. Segundos de prazer ou dor.
Todo o tempo do mundo em breves segundos por intensos olhares.
16 de dez. de 2007
14 de dez. de 2007
Perfeição
- por Lívia Francez
Diz meu nome
Preciso ouvir de você
Fica muito mais doce,
Muito mais claro,
Conforta a alma
Sussurra-o
Para que eu sinta a brisa
A suavidade de tudo o que ele quer dizer
Agora só me olha nos olhos
Parados, entro pela sua retina.
Azul, é tudo o que vejo dentro de você
Claro, brisa e azul
Dia de sol lagarteando
O espreguiçar de gato de manhã
Um doce depois do salgado
Perfeição
Diz meu nome
Preciso ouvir de você
Fica muito mais doce,
Muito mais claro,
Conforta a alma
Sussurra-o
Para que eu sinta a brisa
A suavidade de tudo o que ele quer dizer
Agora só me olha nos olhos
Parados, entro pela sua retina.
Azul, é tudo o que vejo dentro de você
Claro, brisa e azul
Dia de sol lagarteando
O espreguiçar de gato de manhã
Um doce depois do salgado
Perfeição
8 de dez. de 2007
Subo, desço, sigo
- por Karol Felicio
Subo ladeira com Lenine
Vento na cara
Suor gelado na nuca
Não escorre.
Passo forte, mente leve
Não paro
Acácias, bromélias
Dama-da-noite me chama, impulsiona
Pureza.
Em cada canto janelas sisudas de cortinas cerradas como dentes
Mais longe, mais acima,
Edifícios de costas nuas cheirando a Dior para camuflar o ranço
Luzes coloridas por toda parte
Loucura.
Desço ladeira com Lenine
Muito mais longe e bem mais acima
Num céu negro-azulado, satélites voyeur, estrelas fazendo amor transcendental, sigo com a lua
Sensatez.
De volta ao marco zero
Lenine emudece aos poucos
Tudo muda aqui dentro
Lá fora tudo igual.
Subo ladeira com Lenine
Vento na cara
Suor gelado na nuca
Não escorre.
Passo forte, mente leve
Não paro
Acácias, bromélias
Dama-da-noite me chama, impulsiona
Pureza.
Em cada canto janelas sisudas de cortinas cerradas como dentes
Mais longe, mais acima,
Edifícios de costas nuas cheirando a Dior para camuflar o ranço
Luzes coloridas por toda parte
Loucura.
Desço ladeira com Lenine
Muito mais longe e bem mais acima
Num céu negro-azulado, satélites voyeur, estrelas fazendo amor transcendental, sigo com a lua
Sensatez.
De volta ao marco zero
Lenine emudece aos poucos
Tudo muda aqui dentro
Lá fora tudo igual.
Assinar:
Postagens (Atom)